mergulhar para dentro

Nesses tempos de silêncio, de ficar mais tempo comigo mesma, tenho realizado muitas atividades em casa. De início, quase sem parar, pois houve a necessidade de mais fazer mais limpeza da casa, mais compras no supermercado e também de reorganização do trabalho.

Somente agora, passadas mais de duas semanas desde que tudo começou, é que posso dizer que estou tendo um “tempo para mim” de verdade, para realmente parar e refletir…

Percebo que as inúmeras ofertas de cursos e leituras gratuitos online me criaram um certo desgaste e até mesmo tédio: será que é disso que estou precisando? Ou só preciso ficar quieta comigo mesma?

Em alguns desses momentos mais introspectivos nos quais me propus à meditar, ou seja, a criar uma experiência verdadeira de espiritualidade, me deixei mais sentir e perceber algo de bom no meu “astral”, por assim dizer, do que a conduzir por meio de pensamentos, ou palavras mentais…

Quando sou capaz de perceber a vida que há em mim, e de apreciar esse simples fato de eu existir, um sentimento muito feliz vem à tona. Realizo o quanto o simples fato de me reconhecer e de me ver como “alma viva” é bom e preenchedor.

Foto de Francesco Ungaro no Pexels

O mundo está dando seus sinais de transformação em muitos níveis, e cada vez com mais frequência e velocidade… Se eu ficar “mergulhando” em notícias, conversas e pensamentos referentes a esse nível mais superficial, físico, da transformação, estarei vulnerável emocionalmente, suscetível às “ondulações”.

Aprendi que “mergulhar para dentro”, ou seja, me experimentar como sendo essa “alma viva”, indestrutível e cheia de paz, se feito constantemente ao longo do meu dia a dia, trará foco ao que é essencial e estabilidade diante das situações oscilantes.

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